A paz dos cemitérios é perene, definitiva,
imorredoura
Os furacões não os vencem,
apenas contornam seus muros,
fronteira entre o ser e o não ser,
que protegem as terras inférteis,
ignoradas pelos ditadores
por só produzirem lembranças
Repare: não há apenas solidão e silêncio
Mas também trégua
Pelos cemitérios não há alegria.
Também não há batalhas,
desespero
cansaço
fome
Pois a morte já levou tudo
a dor
a dúvida
Não duvides: após a cerca
por vezes, os mortos somos nós.
ói!
ResponderExcluirbonzão.
"Não duvides: após a cerca
por vezes, os mortos somos nós."