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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Chamote - Antologia argentina




Após mais de vinte participações em antologias no Brasil, fui convidado pelo escritor e editor Gito Minore, de Buenos Aires, a enviar textos para uma antologia que ele organizava. A única condição: deveria haver uma versão em espanhol dos textos.
Procurei então o tradutor espanhol Carlos Saiz Alvarez, com alguns contos e poesias, que foram traduzidas e espero façam parte de outras antologias. Por ora, foram escolhidas duas poesias: a segunda, "Sobre Ditadores", também fará parte do meu livro "Poesia Estradeira".
Chamote reúne 95 escritores, a maioria de origem latina-americana, alguns outros europeus mas com raízes em nosso continente. São 09 representantes de Honduras, 07 da Argentina, 07 de Cuba, 04 do Brasil e naturais de países como Bolívia, Paraguai, República Dominicana, Itália, Espanha e Haiti. Ao todo, escritores de 23 países.
Quem quiser adquirir o livro, pode procurar a Punto de Encuentro Editorial, editora responsável pela publicação e com sede em Buenos Aires: http://www.puntoed.com.ar/





quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Poe...



Mais Poesia

e também 

Poe e cia




Homenagem à Edgar Allan Poe, falecido em 07/outubro/1849

Fonte da foto: wikipédia



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Igreja Matriz de N.S. do Rosário e museu - Pirenópolis (GO)

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


Sua construção iniciou-se em 1728, na época da mineração de ouro. Tem base em pedra e paredes de taipa. É considerado o templo mais antigo de Goiás e está localizado no centro da cidade.
Em 1830 ruiu e foi reconstruída.
Entre 1996 e 1999 foi restaurada, mas um incêndio, até hoje inexplicado, a destruiu em 2002.
Foi feito uma espécie de abrigo de metal, com lonas transparentes, a fim de que se pudesse observar as ruínas e o processo de reconstrução, que durou quatro anos. Em março de 2006, foi novamente reinaugurada.

 A igreja atual, após a reconstrução.



Esse altar ficava na Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, demolida em 1940. Ficou guardada durante anos e, após a restauração, passou a fazer parte da Matriz.






MUSEU

Localizado em um pequeno espaço no interior da igreja, possui painéis - com textos e fotos -, além de objetos litúrgicos.

Os painéis contam a história da igreja, e das reformas a que foi submetida.





O incêndio de 05 de setembro de 2002 destruiu a igreja.




Consequências do incêndio.



Sinais de pintura antiga na parede. A escada leva ao segundo andar do museu.



 Maquete da igreja, mostrando seu interior.






Sino destruído pelo incêndio de 2002.



ENDEREÇO: Largo da Matriz, s/nº, centro histórico

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: 4ª a domingo, de 8:00 às 18:00

HORÁRIOS DE MISSAS: 4ª e 5ª, às 19:30; domingos, às 7:00, 9:00, 18:30 e 20:00

ESTACIONAMENTO: gratuito, nas laterais do templo. Também é possível estacionar nas ruas próximas.

ENTRADA: R$ 2,00

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Museu de Arte Sacra - Pirenópolis (GO)


          O Museu de Arte Sacra ocupa as instalações da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída entre 1750 e 1754 pelo minerador Luciano Nunes Teixeira, que contou com a ajuda de seu genro Antônio Rodrigues Frota. Originalmente foi usada como capela particular.
          De grande simplicidade guarda uma decoração barroca rococó nos altares do interior com rica talha e significativa estatuária.
           Restaurada em 2008, abriga hoje o Museu de Arte Sacra.









 
Caixa com os santos óleos, feita de madeira e estanho (século 19). Era usado em viagens.



Porta água benta - século 20





 Vista de Pirenópolis a partir do museu.

No chão da sacristia, há o túmulo de três homens: Luciano Nunes Teixeira, Antonio Rodrigues Frota e Francisco Inácio da Luz.


Não era incomum o sepultamento de pessoas no interior das igrejas. A lápide acima indica que ali está o corpo de Antonio Rodrigues Frota, um lisboeta que foi Juiz da cidade e um dos construtores da presente igreja. Seu óbito ocorreu em 22 de dezembro de 1774, como está claro na placa.



ENDEREÇO: Rua do Carmo, s/nº, centro histórico

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: quarta a sábado, das 14:00 ás 18:00; domingo, das 10:00 às 17:00.

ESTACIONAMENTO: não possui. Estacione nas ruas próximas.

ENTRADA: R$ 2,00

sábado, 22 de agosto de 2015

No tempo antigo II



Local: Roma antiga

Uma família de cristãos se esconde do imperador Nero e das perseguições que jogavam seus pares nas arenas, a tentar acabar com o diferente, divertir a plateia e matar a fome dos felinos.

“Mãe, será que no futuro as pessoas vão perseguir as outras por serem diferentes?

            “Não, meu filho. Com certeza as pessoas aprenderão a se respeitar”.



quarta-feira, 22 de julho de 2015

No tempo antigo I



O garoto acompanhou a turba com interesse até um pequeno monte nos limites da cidade. Ali, prenderam os três homens em cruzes. Após a saída da multidão, de volta para suas casas e afazeres, viu quando outras pessoas chegaram e tiraram a pessoa que estava na cruz do meio. Chegou próximo a eles, sem ser visto.
Estava impactado pelo show de horrores a que foi submetido. Achava errado matar as pessoas e esperava que não passasse mais por aquilo.
Já era noitinha e supôs que sua família estivesse a sua procura. Voltou então para casa, imaginando que alguém, em algum momento, deveria escrever aquela história.





quarta-feira, 8 de julho de 2015

Mãos



Estava transtornado e pensava em morrer. Por isso, saiu pela ruas da metrópole, intentando resolver como e onde se daria a morte. Passava pelas pessoas como zumbi, andando a esmo pelas calçadas.
Em frente a uma praça, foi abordado por uma jovem cigana.
-- Moço, posso ler sua sorte? Sou cigana legítima, meus avós vieram da Romênia há setenta anos, fugindo dos nazistas.
Encarou a moça. Nunca acreditara em premonições e coisas do esoterismo, mas não lhe faltava curiosidade para o novo.
-- Está bem, pode ler.
A moça então pegou sua mão direita e virou a palma para si. Percorreu com os dedos as linhas. Encarou surpresa os olhos do homem e lhe apertou a mão.
-- Eu também estou sozinha.
E continuou apertando a mão do homem, como se não quisesse deixá-lo ir. O olhar da jovem, de um passivo triste, mudou para o anseio.
O homem percebeu quando o olhar da mulher substituiu o da cigana. E certamente ela também percebeu quando os olhos opacos dele vislumbraram o futuro.




segunda-feira, 1 de junho de 2015

Poesia Estradeira





Faça essa experiência

Quando estiver às margens de uma estrada deserta,
Pare no acostamento

Sinta o vento
O balançar das árvores ou plantações
A sensação de fim do mundo

E me diga
se não consegue escutar
o coração

da terra.





Fotografia: estrada para a comunidade quilombola Engenho II, em Cavalcante (GO), na região da Chapada dos Veadeiros. Autoria de Glauber.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Publicação - Revista dos Curiosos


                      A Revista dos Curiosos foi a primeira revista em que um texto meu foi publicado.
              Pesquisando desde 1999 nomes curiosos de cidades brasileiras, um pequeno texto sobre Canudos, na Bahia, foi publicado na revista em maio de 2003. Esse mês, portanto, completam-se doze anos dessa inédita experiência.
                   Infelizmente, a revista não resistiu ao advento da internet, e poucos meses depois passou a existir apenas em meio eletrônico. Posteriormente, até mesmo a págnia na internet deixou de existir.





terça-feira, 17 de março de 2015

Rodovia




Chuva forte
Buracos na pista
Os filhos brincam no banco de trás
No dial, “Música do mundo, da sua Rádio Cultura FM!”


Ultrapassagem arriscada



Silêncio




sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Assaré



O Brasil tem o Ceará
O Ceará tem Assaré
Assaré tem a Serra de Santana
E a Serra de Santana tem Patativa


E Patativa tem o sertanejo
A lavadeira
O roceiro
O humilde


Reformulando:
é Patativa
quem tem o Brasil


sábado, 31 de janeiro de 2015

Motel



Marcus escuta barulho na sala de espera e sai do escritório. Um homem jovem, sozinho e aparentemente nervoso, olha para os lados.
— Bom dia.
— O senhor é o advogado Marcus Antonio de Sá Monteiro? — perguntou o rapaz, sem cumprimentá-lo.
— Sim, o seu nome é...
— Gostaria de tirar algumas dúvidas — interrompeu-o o visitante.
Os dois entram no escritório. Uma ampla mesa de granito os separa.
— O que deseja, seu...
— Afonso.
— Sim.
— Qual a pena média para um homicídio?
— Pena média? Bom, isso varia muito. Depende dos antecedentes da pessoa que matou, se confessou para a polícia, as características do crime...
— Qual o mínimo e o máximo, então?
— Varia de seis a trinta anos.
— Trinta?
— Sim, mas isso em casos de muitos agravantes. — pegou então um Código Penal na gaveta e apontou rapidamente o parágrafo segundo do artigo 121. Afonso leu o texto com sofreguidão: motivo fútil... morte com emprego de veneno... fogo... explosivo... tortura... asfixia... sem chance de defesa para a vítima...
— Motivo fútil... se o motivo for sério, não é contado como agravante?
— Se realmente for sério, não.
— Uma traição?
Marcus silenciou-se por alguns momentos, olhando fixamente para o homem a frente, que também o encarava, segurando as mãos de forma nervosa.
— O senhor matou alguém?
— Inclui traição?
—Sim, pode incluir traição.
— ...
— O senhor matou alg...
— Então – Afonso interrompeu, novamente -  se um homem de bons antecedentes  mata o amante da esposa logo após descobrir que foi traído, mas sem o uso daqueles agravantes, e ainda se entrega e confessa o crime a polícia, a pena pode se aproximar desses seis anos?
— Sim, nesses casos não costuma ultrapassar os 12 anos. Mas quase ninguém cumpre a pena toda no Brasil.
— E como é isso?
— A lei fala que se o preso cumprir dois quintos da pena e tiver bom comportamento, pode ser liberado mais cedo. Nesse caso, seriam uns cinco anos. A pessoa iria para o regime semi-aberto e logo depois poderia começar a trabalhar fora e apenas dormir na prisão. Em sete ou oito anos poderia estar em casa.
— Sete ou oito anos.
Afonso calou-se, como a fazer cálculos mentais. Ao fim, levantou-se, tirou uma arma da cintura e alvejou uma única vez o advogado, no peito. Enquanto Marcus agonizava, jogou sobre o peito ensanguentado do homem uma fotografia datada de dez anos antes: ainda em cores vivas, mostrava a vítima com a esposa de Afonso. Depois, jogou outras fotos mais recentes a sua volta, incluindo a daquela manhã, tirada pelo próprio assassino em um motel barato na saída da cidade...
— Sete ou oito anos... Ainda não pagam esses dez anos de traição. Vale a pena. — concluiu, encarando o ainda moribundo advogado, enquanto pegava seu celular e ligava para a polícia.

20/04/09


















domingo, 18 de janeiro de 2015

Museu dos Dinossauros de Peirópolis - Uberaba (MG)


          Não me lembro mais a forma como tomei conhecimento desse museu.  O que sei é que me apaixonei pelo pequeno distrito que o abriga - Peirópolis - desde o momento em que o visitei pela primeira vez, nos idos de 2002.
          Passei alguns anos sem visitar o local, mas hoje em dia, quando vou a minha Varginha de carro, quase sempre dou um jeitinho de passar por lá.
          O museu evoluiu bastante de 2002 para cá. Está mais organizado e, em outro prédio do distrito, há uma outra edificação que passou a ser usada pelos paleontólogos. A região de Peirópolis ainda abriga vários pontos de escavações de fósseis, que são levados ao local para estudo.



Estátua de um brontossauro, a primeira a ser inserida no local


Posterioremente, outras estátuas foram inseridas no lugar


Painel em uma parede representando um dinossauro. Os fósseis dos ossos são reais e pertencem a vários animais.


Uberabasuchus terrificus: o nome significa "terrível crocodilo de Uberaba". Atingia 2,5 metros e 300kg, e era capaz de se deslocar por grandes distâncias em terra firme.









Laboratório no interior do museu, onde são feitas pesquisas com os fósseis encontrados em Peirópolis.





ENDEREÇO: Antiga estação ferroviária do distrito de Peirópolis, a 21 km de Uberaba. O acesso é pela rodovia BR-262, que liga Uberaba a Belo Horizonte, próximo ao km 784;         

TELEFONE: (34) 3338-1502 ou 3359-0105

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: Segunda a Sexta das 8h às 17h; sábado, domingo e feriados das 8h às 18h

ENTRADA: R$ 3,00 (em janeiro de 2015)

ESTACIONAMENTO: gratuito (nas ruas do distrito)