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sábado, 8 de outubro de 2022

Casa de Portinari, em Brodowski (SP)

    Foi na zona rural de Brodowski que nasceu o pintor Cândido Portinari em 1903.

    Aos 3 anos de idade, sua família mudou-se da fazenda onde vivia para a área urbana, em uma casa simples ao lado de uma praça.

    Durante sua juventude, artistas chegaram a Brodowski para reformar a igreja. Portinari foi contratado como ajudante, e entusiasmou-se de forma definitiva pelo serviço, motivando-o a mudar-se aos 16 anos para o Rio de Janeiro (RJ), com uma família de conhecidos de Brodowski, para estudar pintura.

    A casa onde Portinari viveu com a família foi sendo reformada e ampliada no decorrer dos anos, a medida que a família crescia e as condições financeiras tornavam-se mais favoráveis.

    O pintor usava a casa também como ateliê, pintando e repintando em suas paredes.

  Também construiu uma capela para a avó paterna, a Capela da Nonna, pois sua avó, por motivos de saúde já não conseguia ir à missa. 



Casa de Portinari




Casa de Portinari


Mural explicativo


Jardim interno (repare nas grandes borboletas)


Sala



Portinari e sua família na varanda de casa. Repare na pintura à esquerda. Posteriormente essa varanda foi transformada na sala acima, onde a pintura permanece


A pintura, que ficava na varanda, depois transformada em sala


Pintura encontrada na casa



A Capela da Nonna




ENDEREÇO: Praça Cândido Portinari, Brodowski

TELEFONE: (16) 3664-4284

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: terça a domingo, das 9 às 18 horas

ESTACIONAMENTO: gratuito, nas ruas próximas

ENTRADA: gratuita


domingo, 2 de outubro de 2022

Euclides da Cunha em São José do Rio Pardo


        Em viagem de férias pelo interior de São Paulo, passamos em São José do Rio Pardo, residência de Euclides da Cunha em 1902.

        Na ocasião, ele estava acompanhando a construção de uma ponte na cidade, que ainda hoje é utilizada.

    A cidade abriga uma casa de cultura com o nome do escritor e promove anualmente a Semana Euclidiana, com discussões sobre sua obra.

    Às margens do Rio Pardo, que corta a cidade, existe uma bonita área arborizada que na ocasião de nossa visita abrigava uma feira de artesanato e pequenos shows musicais. É uma área muito agradável de ser visitada. No mesmo local estão presentes um memorial e a casa de zinco onde viveu Euclides da Cunha.


Rio Pardo. A ponte ao fundo foi construída sob orientação de Euclides da Cunha.


Esse corrimão está em uma pequena ponte que liga até uma ilhota no Rio Pardo


Memorial de Euclides da Cunha, localizado às margens do Rio Pardo.


Placa no Memorial de Euclides da Cunha



Esta estrutura abriga a chamada "Casa de zinco", uma pequena cabana utilizada por Euclides da Cunha durante a construção da ponte. Foi nesta cabana que ele escreveu o clássico "Os Sertões" .


Detalhe da Casa de zinco


sábado, 6 de agosto de 2022

Hiroshima


Em 1945 a cidade japonesa de Hiroshima foi alvo de uma bomba atômica jogada de um avião norte-americano.
A bomba causou milhares de mortes.
Sensível a esse fato, criei uma série de três minicontos que se passam nos minutos que antecederam e no primeiro minuto depois do bombardeio.
Não por acaso, o terceiro miniconto só possui título, e um vazio de texto que representa as vidas destruídas.
Essa série foi publicada no meu livro Observadores de formigas, lançado em 2019..
Posteriormente, pedi para meu primo Cláudio Augusto Ferreira. traduzir para o japonês.
Seguem abaixo os textos, em suas duas versões.








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広島 一巻

大学、朝8時14分
1945年8月6日

ウランまたはプルトニウムが分解されて大きなエネルギーを生成する核分裂反応プロセスを説明する前に、教師は手帳にあった息子の写真を見る。
光とエネルギーに満ちた小さな太陽は彼と妻に星と命名された。
飛行機が通り過ぎて気が散ってしまう。


広島 二巻

保育園、朝8時15分
1945年8月6日

星は他の子供たちと一緒に公園に走り、そこにある迷い金色の迷いボールを取る。
大きな音を聞こえる。
少しの間、小さな太陽が形成されるのを見える。


広島 三巻

街全体、朝8時16分
1945年8月6日

quinta-feira, 17 de março de 2022

Bibliotecas no norte de Minas

 

Em viagem de férias ao norte de Minas, doei exemplares de livros em alguns locais.





JANUÁRIA


O Centro de Artesanato de Januária abriga, além de peças de artesanato local, uma biblioteca e escola de música.



Os livros doados em Januária foram os da foto abaixo:



PIRAPORA

Já em Pirapora, doei exemplares na biblioteca Municipal, que funciona na antiga estação ferroviária.






quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

São Thomé das Letras (MG)



 Casa da Pirâmide

A tradição popular nos conta que, por causa dos maus tratos sofridos na Fazenda Campo Alegre, o escravo João Antão fugiu e refugiou-se em uma gruta, passando a viver da caça, pesca, e da colheita de frutos silvestres (as más línguas, contudo, afirmam que o escravo tinha um caso com a irmã do patrão...).
Aproximadamente 18 anos depois, apareceu a João um senhor de vestes brancas. Ele escreveu um bilhete, deu ao ex-escravo, e falou para ele voltar a fazenda e entregar ao antigo patrão, João Francisco Junqueira, garantindo que ele seria perdoado pela fuga. Chegando na fazenda, todos se espantaram com sua volta, mas antes que fosse mandado para o açoite, ele entregou o bilhete a Junqueira, que, após ler seu conteúdo, exigiu que João o levasse junto com uma comitiva até a gruta para certificar-se do que havia ocorrido.
Não se sabe o conteúdo do bilhete, mas o fazendeiro teria se espantado com a bela caligrafia nele contida, rara na época.
Chegando ao local, não encontraram o autor do bilhete, mas sim, uma fina imagem de madeira de São Tomé no fundo da gruta. O fazendeiro se impressionou e mandou erguer ao lado da gruta uma capela, hoje a igreja Matriz. Antes do fim da obra Junqueira faleceu (era 1819). A capela foi concluída por seu filho, Gabriel Francisco Junqueira (Barão de Alfenas), que faleceu em 1869. Pai e filho foram enterrados sob o altar da Matriz, cuja pintura de teto é atribuída a José de Natividade, discípulo de Aleijadinho.
Quanto ao senhor de vestes brancas, o mais provável é que ele tenha sido um jesuíta, fugindo das perseguições do Marquês de Pombal, que ordenara a expulsão desse grupo de religiosos do Brasil.
Na entrada da referida gruta foram descobertas pinturas avermelhadas parecidas com letras, o que explica a expressão “das Letras” no nome do município. Essas marcas, provavelmente, foram feitas pelos índios cataguases, que habitaram a região antes da chegada dos desbravadores.
A cidade está deitada sobre uma imensa reserva de quartzito. A pedra, mais conhecida como São Tomé, é exportada para várias partes do Brasil, e é explorada há vários anos. Muitas casas e construções antigas, como a Igreja Nossa Senhora do Rosário, são construídas com esse material. As pedras nesse tipo de construção são apenas sobrepostas e encaixadas, sem o uso de argamassa, o que torna a arquitetura do local ainda mais curiosa e diferenciada.
Como atrações naturais possui aproximadamente 30 cachoeiras, a Gruta da Bruxa e a Gruta do Carimbado, que reserva uma das mais conhecidas lendas da cidade. A gruta – que recebeu esse nome porque tem muitas passagens estreitas, “carimbando” seus visitantes de argila - seria uma passagem para a cidade inca de Machu Picchu, no Peru. A motivação para o surgimento dessa história se deu provavelmente porque ninguém, ao que se saiba, chegou ainda ao seu fim.
Outras atrações são a Pirâmide, uma casa presumivelmente construída por um alemão e que, sendo abandonada, começou a ser visitada como mirante. E outro local curioso é a Ladeira do Amendoim: se deixados parados e em ponto morto, os carros sobem a ladeira em vez de descer. A explicação para o fenômeno seria uma ilusão de ótica, pois se tem essa impressão devido à configuração do terreno, ou seja, o que nos parece uma subida na verdade é uma descida. Outra explicação corrente é a presença de um campo magnético no local.
A cidade tem uma aura de misticismo ao seu redor, o que é reforçado pelas histórias acima e por freqüentes relatos de aparições de óvnis. A cidade, por conta disso, é sede de vários grupos esotéricos, como a Eubiose, Fundação harmonia, Movimento Gnóstico, e outros.

Do ponto de vista jurídico, São Tomé das Letras tornou-se distrito em 1840 e em 30 de dezembro de 1962, através da Lei 2764, emancipava-se de Baependi.

 Cruzeiro

Pedra da Bruxa



 
 Uma praça com a estátua de Chico Taquara, andarilho da região que os místicos dizem ter sido um ser de outra dimensão

Sobre Chico Taquara:

Seu nome verdadeiro era Francisco Gonçalves de Góes, tendo nascido nas proximidades da cidade em 1840 e falecido em 1916. Há várias referências a ele que o tornam uma figura de aspecto quase lendário.
Vivia ele em uma gruta no alto da Serra das Letras (hoje denominada Gruta Chico Taquara), próxima da cidade, e era conhecido por fazer curas milagrosas. Muitos moradores já o viram conversando com animais – que talvez fossem atraídos pelo mel que costumava passar em seus cabelos. Também pendurava argolas de ferro nas pontas.
Conta-se que uma mulher, preste a dar a luz, pediu para o marido procurá-lo. O esposo saiu ao seu encalço e, após encontrá-lo e expor-lhe o ocorrido, pediu ajuda. Taquara falou para ele ir andando que ele já iria. Quando chegou em casa, encontrou a esposa já com a criança nos braços, que lhe perguntou:
- Você não encontrou o Chico pelo caminho? Ele já foi embora a mais de hora...
Um dia, ele desapareceu. Para os místicos, Taquara pertencia a uma civilização intraterrena e voltou ao interior da Terra após cumprir sua missão.
E um fato acontecido em Xique-Xique, no interior da Bahia, reforça o aspecto misterioso em torno de Taquara. Em 1979, Oriental Luiz (autor de um livro sobre Xique-xique) encontrou um índio que lhe contou sobre um homem que ali aparecera no passado: era visto como santo por muitas pessoas, sendo conhecido como... Chico Taquara... 

Gruta de São Tomé


As letras em tom suave na gruta


A torre da igreja vista do alto da gruta de São Tomé (acessada por uma escadaria)




Igreja do Rosário