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domingo, 11 de agosto de 2024

 

Um pequeno poema sobre paternidade...

Publicado no Jornal da ANE (Associação Nacional de Escritores) , com sede em Brasília.




quinta-feira, 20 de junho de 2024

Nuvem plácida

 



Esse pequeno poema foi nspirado a partir de uma viagem pela região de Correntina (BA), onde existem plantações de algodão à margem da rodovia.

A foto é ilustrativa e foi tirada pelo próprio autor, em Brasília.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Leilão

 


A internet anuncia
Leilão de brinquedos raros
Carrinho de polícia na caixa
Nunca usado
Pintura incólume
nunca viu marcas de terra
De dedinhos infantis
De cal ou tijolo de parede
Década de 50
Uma pequena fortuna

Olho o meu carrinho de polícia do mesmo modelo
Uma sorte ter sobrevivido
A caixa já não existe
Pintura arranhada
Um pneu colado no eixo com durepox
Lembranças de brincadeiras com o pai
Com amigos
Com o mundo

No leilão valeria pouco mais que nada
Para mim, tudo

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Santuário de Santa Rita de Cássia, em Cássia (MG)


     Aproveito este dia 22 de maio (dia de Santa Rita) para publicar fotos sobre nossa visita  a esse santuário, ocorrida mês passado. Era segunda-feira e o local estava bem tranquilo, inclusive com algumas das lojas fechadas; porém, havia um restaurante berto, onde almoçamos.  

     Em maio de 2022, após quatro anos, foi concluído o maior santuário dedicado a Santa Rita de Cássia no mundo. O local possui mais de 7 mil metros quadrados e se situa sobre uma colina, mirante para a cidade de Cássia,  que tem esse nome justamente por causa da santa italiana.

     Cássia, no ano 2000, tornou-se cidade-irmã de Cáscia, na Itália, onde nasceu, viveu e morreu Santa Rita, cujo nome de batismo era Margherita Lotti (nascida em 22 de maio de 1381).




Mural externo de Pedro Machado, artista cassiense

O templo pode abrigar mais de 5000 mil pessoas.


Uma das obras de arte do interior do templo


Ao lado do santuário existem restaurantes e lojinhas





Aspectos da réplica da casa natal de Santa Rita

Mônica e Bernardo na frente da casa 





Réplica do quarto dos pais de Santa Rita

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O quadro é a mais antiga imagem do rosto de Santa Rita, feita em 1457 ou 1462: " Reprodução da pintura feita no primeiro sarcófago que guardou o corpo de Rita após sua morte. A obra é de Paolo de Visso e foi encomendada  por Cecco Barbari que, aleijado das mãos, foi curado ao rezar diante do corpo da santa".


Réplica da cozinha


Bernardo na frente da casa


A réplica da casa, ao lado, o santuário


ENDEREÇO: colina ao lado da cidade de Cássia (sul de Minas).

TELEFONE: (35) 997188719

ESTACIONAMENTO: amplo, para mais de 1000 automóveis






sábado, 7 de outubro de 2023

Torre de televisão - Brasília (DF)

     Com projeto de Lúcio Costa, foi inaugurada em março de 1967. A Torre de TV foi criada com o objetivo não apenas de dar suporte às transmissões das emissoras, mas também servir como atrativo turístico no centro da cidade.
     Possui 224 metros de altura e é uma das maiores do mundo (e a quinta maior do Brasil). Possui um mirante a 75 metros, de onde se tem uma visão de 365° da cidade. Lá de cima é possível avistar pontos diversos, como a Esplanada dos Ministérios, a Torre Digital, a Ponte JK e o Estádio Mané Garrincha.
     As torres de TV mais altas que a de Brasília estão no Amazonas, Pará (duas) e Rio Grande do Sul, contudo, nenhuma delas está aberta ao turismo.
     A 25 metros de altura, em um formato de triângulo, está presente um mezanino pensado para servir de restaurante. Após o fechamento do espaço, o local abrigou durante alguns o Museu Nacional das Gemas, que fechou após alguns anos. Por fim, após a Copa no Brasil, em 2014, o lugar voltou a funcionar, e hoje é ocupado pelo restaurante Mezanino, que inclusive funciona no período noturno.
     Desde a década de 70 funcionava aos pés da torre uma feira de artesanato; por volta de 2006, os artesãos foram transferidos para um ponto atrás da torre. Outra atração próxima é a Fonte Luminosa, reinaugurada após alguns anos de abandono.
     A torre é muita apreciada a noite, em dezembro, por se transformar em uma imensa árvore de Natal, com correntes de luz que saem do mirante.


FOTOS DA CONSTRUÇÃO

Desconheço a autoria.






FOTOS ATUAIS


 Fonte Luminosa



 Visão da Fonte Luminosa, a partir do mirante da Torre


 Visão da Esplanada dos Ministérios

 Do mirante, é possível avistar também a Catedral e a Ponte JK (à direita)

 A feirinha de artesanato

A parte de cima da Torre, a partir do mirante



Ferinha de artesanato


MEZANINO

O restaurante Mezanino também possibilita bela visão panorâmica de Brasília.
O local cobra uma entrada de 10 reais, dispensada para crianças , idosos e correntistas do Brb (Banco de Brasília).





Ao fundo, é possível visualizar o Congresso Nacional


ENDEREÇO: Eixo Monumental, próximo aos Setores Hoteleiros norte e sul

HORÁRIO DE VISITAÇÃO: a torre em si pode ser visitada o dia inteiro; mas o mirante apenas durante o dia. O restaurante Mezanino funciona para almoço e jantar (os horários específicos podem ser conferidos nas redes sociais do local). Quanto a feira de artesanato, é possível visitar uma ou outra loja durante todos os dias da semana, mas o local funciona a pleno vapor apenas nos fins de semana.

ENTRADA:  gratuita para o mirante

ESTACIONAMENTO: sim

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O muro

 


Miniconto meu publicado no instagram, confiram lá.
A ilustração foi feita com o aplicativo de IA Imagine.



terça-feira, 1 de agosto de 2023

O gato

 


 

O filhote perde-se da mãe após a chuvarada que inundou casas e ruas da cidade. Abrigou-se sozinho em um muro baixo. Dois dias depois, faminto, ouviu passos em sua direção. Um homem jovem se aproximou e, com cuidado, o pegou e o posicionou na altura do peito. O gatinho olhou para cima e viu o brilho nos olhos de seu salvador. Seus olhos felinos também brilharam.

Pouco depois, o rapaz – de nome Firmino -, deixou-o em uma caixa, no quarto do hotel onde se hospedara.  Com um jaleco branco, pegou um ônibus e se dirigiu até um asilo nos limites da cidade, onde iniciaria seu primeiro dia de trabalho como enfermeiro.

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— Firmino é o nome dele? — questionou um dos velhinhos.

— É sim, capitão. — Respondeu uma mulher.

— Parece bem paciente.

— É mais fácil nós sermos os pacientes — e riu o pequeno grupo de velhinhos que observava o enfermeiro da sala de televisão.

— Vamos chamá-lo.

No asilo viviam 30 idosos, a maioria originária da própria região. Alguns abandonados pela família, outros se mudaram para lá por vontade própria, ao se verem sozinhos. O mais novo possuía 72 anos; a mais velha, 99, ou 102, segundo a contagem extraoficial da própria senhora, chamada Luana.

Foi ela própria que percebeu preocupação nas feições de Firmino.

— É verdade, dona Luana. Vim de outra cidade, estou no Hotel Trindade. Já me avisaram que mês que vem o aluguel aumentará.

— E porque não vem para cá? — perguntou capitão, Antonio, na verdade.

— Sim. — confirmou Luana. — o asilo abrigou mais gente no passado, há quartos desocupados por aqui.

— Conversarei com doutora Carla. A ideia de vocês me parece boa.

No dia seguinte, Firmino fechou a conta do hotel e se mudou, com duas malas e o gato, para uma casa desocupada do asilo. O aluguel sairia bem mais barato, e ele não gastaria com o ônibus durante a semana.

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— Que gracinha de gato!

— Gosta de animais, dona Sílvia?

— Sim, fui criada na roça, minha família criava vários animais. Quando meu marido vendeu a fazenda e nos mudamos para a cidade, trouxe comigo alguns cães. Só deixei de ter animais quando me vi sozinha. Meu marido e dois filhos morreram. Preferi vir para cá. Tenho a companhia de outras pessoas da minha idade, seria melhor que ficar só.

— Tem razão. Tome aqui seus remédios. Vou ver dona Luana agora.

— Nossa matriarca...

— É sério?

— Sim, foi a primeira pessoa a morar aqui. Esses corredores a cercam há 27 anos.

— A saúde dela está fragilizada.

— Pois não sei? Está com 99 anos. Ou 102, como prefere, ninguém sabe o certo. Tenho 80 e me sinto como filha dela.

— Já se conheciam?

— Sim, há muitos anos. Cheguei a estudar com os filhos dela. Os meninos morreram jovens ainda, em um acidente de carro. Voltavam de uma festa, justamente da cidade vizinha.

— Ela se recuperou da perda?

— Acho que a morte de alguém é como uma casa soterrada... Sabia que em Pompéia encontraram poemas eróticos e pichações em paredes que estavam cobertas pela lava do Vesúvio? As pichações não derrubaram as paredes das casas, mas a marcaram pelo resto da eternidade... — filosofou.

— Sim, concordou Firmino e saiu em seguida para ver Luana.

O gatinho, a que começaram a chamar de Quico, seguiu o dono, mas aos poucos criou amizade com todos os funcionários e pacientes, aceitando receber o carinho de todos.

— Ei, Quico!

— Dona Luana — estou começando a sentir ciúmes do gato.

— Hihi... entenda Firmino. Adoro esconder minhas mãos gélidas entre os pelinhos dele, me aquecem. Seria difícil fazer isso com você.

O calvo Firmino riu da gracinha.

— Fique à vontade com ele. Quico já foi vacinado e não fará mal a ninguém. Sílvia comentou que está meio abatida...

— Aquele menina...

O enfermeiro, riu, discreto.

— Ah, para você é uma vovozinha como todos nós. Mas nossa diferença é grande. Lembro bem quando ela, mocinha ainda, começou a estudar com meus filhos. Depois ela saiu da cidade para fazer faculdade. Meus filhos não tiveram essa chance.

— Sim, ela comentou que foi colega de seus filhos.

— Ei, Firmino, cuidando de nossa Cleópatra. aproximou-se o capitão.

— Olá, capitão. Que elogio hein, dona Luana?

— Não se engane, Firmino. Esse traste me chama Cleópatra não por causa de beleza; me acham uma múmia, né Antonio?...

— Seu Antonio, que indelicado.

— Na verdade estamos todos em situação parecida, Luana — completou Antonio, fazendo um carinho nos cabelos da mulher. — Firmino, se precisar de mim, estarei no quarto do Zeferino.

— Zeferino não é o comunista que foi preso na época do regime militar? — questionou Firmino à mulher.

— Esse mesmo, Firmino. Diz que foi torturado, inclusive.

— É estranho vê-lo como amigo de um militar.

— Sim. Mas capitão diz que nunca participou da repressão. Ele é engenheiro, trabalhava no corpo técnico do Exército. Esteve às voltas com cálculos estruturais de pontes e viadutos, e morou a maior parte do tempo no interior. A última obra de que participou foi a ponte Rio-Niterói, mas ele entrou para a reserva antes de vê-la pronta.

Saindo da companhia de dona Luana, Firmino e Quico se dirigem até o quarto de Zeferino. Viu os dois amigos jogando xadrez.

— Eu queria uma câmera para gravar isso: a amizade de um militar com um comunista.

Riram os três.

— Antonio me garantiu que nunca participou da repressão. Ele é engenheiro, construía estruturas. Nunca destruiu nada.

— Verdade. Me aposentei um pouco antes da inauguração da Rio-Niterói. E vim para essa cidade.

— Já conhecia aqui?

— Minha esposa era daqui. Com a morte dela, resolvi continuar. Lugar tranquilo, de clima ameno, era tudo o que queria. Não tivemos filhos e me vi sozinho.

— E o senhor, Zeferino? Qual sua história? — perguntou o enfermeiro.

— Sou do Rio mesmo. Fui preso na década de 60 pelos militares. Tive a sorte de ser solto após uma sessão de tortura. Resolvi que não queria essa vida de fuga e risco. Troquei a identidade e vim para a casa de um tio; passei a trabalhar no Hotel Trindade, que pertencia à ele.

— É o hotel em que estava.

— Sempre foi o melhor daqui. Mas ele morreu, e a faculdade trancada de História não me ajudou na administração do lugar, então acabei vendendo. Montei um comercinho que durou poucos anos. O que me salvou foi uma pensão do Estado. Como também já estava sozinho, aliás, sempre fui sozinho, acabei vindo para cá.

— Pronto, aqui estão seus remédios. Quico, venha. Vamos agora ver Afonsinho. Firmino sai do quarto, mas o gato permanece no quarto de Zeferino, mirando Antonio.

— Xeque-mate. — perdeu, Zeferino. Vou agora tomar um banho.

Antonio se despede de Zeferino. Quico o segue. Ao ser visto pelo velho militar, é colocado no colo e levado para seu quarto.

— Ganhou um fã, Antonio? — perguntou Luana, de bom humor novamente.

O velhinho riu e entrou no quarto com o gato.

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—Tudo bem, Afonsinho?

— Não sei... Tenho uma sensação estranha.

— Nas pernas amputadas?

— Você fala do nervo fantasma? Não é isso. Doutora Carla já tinha me explicado. Já me acostumei com essa sensação de sentir as pernas abaixo dos joelhos. É por causa dos nervos, né?

— Sim. O que foi então?

— Sei lá. Parece que algo vai acontecer. Mas em um asilo em que o mais novo já passou dos setenta, acontecem coisas com frequência, não é? Riu, irônico.

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No dia seguinte, Firmino cumpria seu plantão de madrugada, quando Zeferino chegou a seu posto.

— Tudo bem?

— Firmino, acho melhor dar uma olhada no capitão.

Firmino chega ao quarto de Antonio. Vê Quico sentado ao pé da cama, olhando o idoso, que parece muito silencioso.

O enfermeiro tenta acordá-lo e não consegue. Afere a pressão, sente o pulso e abre seus olhos, para verificar as pupilas. Liga para doutora Carla, que também morava em uma casa no terreno do asilo. Mas já comunica ao idoso:

— Sinto muito, Zeferino. O capitão se foi.

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A morte de uma pessoa próxima nos faz refletir sobre a nossa própria morte, que cada dia se aproxima mais. E em um asilo, esse tipo de reflexão é frequente.

Alguns dias depois, porém, a serenidade parece ter voltado ao lugar.

— Qual a média de mortes aqui? — em dado momento pergunta Firmino a Carla.

— Cinco ou seis ao ano.

— Mas como sempre chegam pessoas, então a população se mantém na faixa dos 30?

— Exato. — Ei, e esse gato?

Quico cruzava a porta. A médica, dona do asilo, até aquele momento ainda não o vira.

— É meu. O resgatei após aquela tempestade do mês passado. Deve ter perdido a mãe. Não se preocupe, está vacinado.

O gatinho passou de volta em frente à sala onde conversavam, e entrou no quarto de Zeferino.

— Ei, Quico! Veio me consolar?

O gatinho aproximou-se do homem, que vestia uma camiseta com a foto de Laika, a cadelinha russa que orbitou o espaço – estampada.

— Não se preocupe com a foto, não vai te morder. — e pegou o animal sem resistência deste.

À noite, Firmino tenta levá-lo para sua casa.

— Deixe ele aqui — pediu — eu cuido dele.

— Tudo bem. Boa noite.

No dia seguinte, Quico continuou na companhia de Zeferino. Saía do quarto apenas quando o idoso também saía. Os outros achavam graça da situação.

— Gatos são assim mesmo. Ele se acha o dono do pedaço, cada hora escolhe uma companhia diferente. E Firmino que se cuide, se descuidar, é o gato quem o expulsa daqui — gracejou Afonsinho.

Após o almoço, a maioria dos idosos tirava uma sesta. Firmino tinha alguns minutos de sossego nessas horas, e gostava de acompanhar o noticiário. Viu quando Quico saiu do quarto de Zeferino, sozinho. O velhinho não o acompanhou, como de costume. Firmino achou estranha a ausência do homem, era o único que ficava na sala de televisão, geralmente acompanhado de um livro de autor russo. Nos últimos dias, se deleitava com uma nova edição de Anna Karenina.

Foi verificar a situação e encontrou na entrada do quarto, no chão, o clássico de Tolstói caído. Zeferino estava deitado desajeitadamente na cama. Morto.

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No dia seguinte, ao voltarem do cemitério, Carla chamou Firmino para sua sala.

— Você me disse que Antonio e Zeferino passaram suas últimas horas de vida com o Quico.

—É verdade.

— Pode não ser coincidência.

— Você acha que o gato pode estar doente?

— Não é isso. Veja só. — disse Carla, abrindo a internet em seu computador. Surgiu na tela uma notícia. — Essa notícia trata de um gato, que vive em um hospital dos Estados Unidos. Ele vive circulando pelos corredores, e quando resolve ficar o tempo todo com alguém, geralmente a pessoa morre em menos de dois dias.

Firmino franziu a testa. Não sabia o que pensar.

— Firmino, acho que existe a possibilidade de que as pessoas, ao iniciarem o processo de morte, emitirem determinados odores, agradáveis para alguns gatos e só perceptíveis para eles. Talvez seja por isso que Quico escolheu ficar com Antonio e Zeferino nos últimos momentos de vida deles.

— É muito estranho, mas faz sentido.

— Firmino, nossos idosos não sabem desse fato nos Estados Unidos e também não fizeram essa associação com o Quico. Acho melhor nada falar com eles, para não criar apreensão se o gato escolher a companhia de alguém.

Firmino concordou com a médica. E foi com discrição que os dois observaram a súbita amizade entre Quico e Sílvia, e as consequências de tal fato para a velha senhora...

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Naquela noite, já dentro da casa em que ocupava, Firmino distraiu-se com a internet. Estava só, pois Quico permanecia nos corredores do asilo. No início da manhã, acordou com barulho de passos miúdos. Era o gato, que entrara no seu quarto, aproveitando a porta destrancada.

Quico aproximou-se, querendo o carinho do dono, algo que não pedia há alguns dias. Encarou Firmino e seus olhos felinos sorriram.

Firmino fez o mesmo, sem receio. Alguém no quarto também perceberia um sorriso discreto no rosto do enfermeiro.

Alguns segundos se passaram.

E caiu morto: o gato.

 

 

 

domingo, 30 de julho de 2023

Rio de Contas (BA)


Visitamos Rio de Contas em julho de 2023, permanecendo apenas dois dias na cidade, na Pousada Portugal.

Conhecemos apenas a área urbana, espero voltar logo para conhecer as cachoeiras da região.




A história de Rio de Contas é rica e antiga, sendo habitada inicialmente por ex-escravos fugidos, sendo registrada sua existência em 1681.

O lugar foi posteriormente batizado como Pouso dos Creoulos.

Mais tarde começou o grande desenvolvimento da localidade, com a descoberta de ouro, em 1710. 

Em 1745, o vice-rei André de Melo e Castro transferiu a sede da vila da atual Livramento de Nossa Senhora (que englobava a atual Rio de Contas) para o Pouso dos Creoulos, sendo a nova localidade a primeira planejada no Brasil. A antiga sede da vila sofria com enchentes frequentes, daí a mudança. 

Datam dessa época a construção de edificações ainda hoje presentes,  como a igreja matriz, a igreja de Sant`Anna, o antigo fórum (hoje ocupado por secretarias municipais). Outra edificação de destaque, mas mais recente, é o mais antigo teatro da Bahia ainda de pé, o São Carlos, edificado em 1892.

Rio de Contas tem muitos prédios tombados pelo IPHAN (que possui uma sede na cidade) , e lembra muito outras cidades como Pirenópolis, Paraty e Ouro Preto.

Após a decadência da mineração, em 1800 , a  cidade viveu um período de decadência , agravada à partir de 1840 quando foi descoberto diamante em Mucugê, fazendo que parte da população se mudasse pra lá.

Em 1885, a vila foi alçada a condição de cidade.

Há algumas décadas sua grande fonte de renda é o turismo, por estar inserida na bela Chapada Diamantina.

Neste vídeo, alguns desses pontos foram mostrados, incluindo fotografias do altar e da pintura de teto da igreja matriz.


A Praça da Matriz vista à partir do interior da antiga cadeia (hoje ocupada por secretarias municipais)


O casario bem preservado da cidade. O sobrado é ocupado pela Pousada Portugal 


Bernardo observando o Rio Brumado


Um monumento na saída pra Livramento de Nossa Senhora





Atrás desse casario vê-se uma pequena estrada que leva à capela do Bom Jesus.





Um monumento na cidade


Antiga cadeia, o local hoje abriga secretarias municipais


Essas obras ficam no interior da antiga cadeia.