Contos, crônicas, poesia visual, relatos de viagens, fotografias, eventos literários... um pouco de cada uma das minhas paixões.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Velhinha com Alzheimer
Chegou devagar a sombra que eclipsa a memória
Primeiro foi a bisneta.
Seguiram-se os netos...
... os filhos...
...por fim... o marido...
O falar delicado transmutou-se em balbucios e grunhidos, como bebê a buscar os pais
até que só lhe restou o silêncio
e o olhar absorto, igual o da criança procurando a mãe - que para ela já não existe há décadas
Partia aos poucos, como árvore de outono que no vagar seca
mas para renascer na estação seguinte
Fonte da foto: wikipédia. A pessoa retratada é a alemã Auguste Deter (1850-1906), primeira pessoa a ser diagnosticada com o Mal de Alzheimer.
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Glauber...
ResponderExcluirbelo post este...
Palavras sensíveis e precisas sobre a imprecisão desta doença tão misteriosa...
Já conheci pessoas com esse mal... é muito triste...
Parabéns de novo pelo espaço!!!
Beijos da Macabéa
tenho um amigo com alzenheimer. é foda...
ResponderExcluirQue retrato delicado, Glauber... sombra que eclipsa a memória...
ResponderExcluirOI GLAUBITO...MUITO BOAS POSTAGENS...QUANDO COMECEI A LER ESSA DA VELHINHA NO JORNAL...LOGO LEMBREI-ME DA NOSSA LINDA AVÓ...BEIJOS E PARABÉNS, GLEICE
ResponderExcluirOlá Glauber!
ResponderExcluirAmei sua poesia!
Você capturou com extrema sensibilidade uma estranha tristeza.
Abraços
giulienymatos.blogspot.com
Doença cruel.
ResponderExcluirVocê soube transmitir de forma sensível um partir lento e doloroso.