Conheci o Museu da Imprensa ainda adolescente, por volta de 1987, junto com meu pai e a Gleice, uma de minhas irmãs. Na época impressionou-me muito o acervo do lugar, especialmente o prelo onde trabalhou o mais importante escritor brasileiro, Machado de Assis. Imaginar que naquele equipamento trabalhou o grande escritor, era fascinante para mim.
O museu foi inaugurado em 13 de maio de 1982, e possui um acervo superior a 500 peças (a maioria relacionada a produção gráfica) e documentos (dentre os quais o Diário Oficial contendo a Lei Áurea, de 1888), preservados em um prédio de 680 metros quadrados, localizado nos jardins da Imprensa Nacional. Os próprios jardins também possuem suas atrações: um monumento que abriga os restos mortais de Hipólito José da Costa, patrono da imprensa brasileira, além da enorme impressora rotativa que imprimiu o primeiro Diário Oficial em Brasília.
Para mais informações sobre a história da Imprensa Nacional, acesse o link http://portal.in.gov.br/imprensa1/a-imprensa-nacional
Acima, o prelo apelidado de Machado de Assis, onde o autor trabalhou como aprendiz de tipógrafo, de 1856 a 1858. O diretor do Diário Oficial na época era Manuel Antonio de Almeida, autor de "Memórias de um Sargento de Milícias". Abaixo, algumas informações sobre o equipamento.
Acima, monotipo utilizado pela primeira mulher a trabalhar no serviço público no Brasil, Joana França Stockmeyer, homenageada como Patrona da Servidora Pública Brasileira, por decreto presidencial de 5 de março de 2008. Ela tomou posse em 04/01/1892 e aposentou-se em 1944. A máquina funcionava através de um sistema de punções no teclado, que perfurava uma fita, produzindo uma bobina de papel. Por sua vez, a bobina comandava o mecanismo de fundição e composição de tipos móveis de chumbo, para compor as páginas de livros, jornais, etc. A máquina é norte-americana, foi fabricada em 1918 e adquirida pelo Brasil em 1943.
Cofre em ferro maciço com 60 cm de altura. Origem e data de fabricação desconhecidos. Pertenceu à antiga Caixa de Pecúlio da Imprensa Nacional.
Exemplar encadernado do Diário Oficial de 21 de setembro de 2000, o mais grosso já publicado.
Máquina rotativa da marca francesa Marinoni, fabricada em 1904. Uma das mais modernas de sua época, imprimia, cortava e dobrava o jornal, num total de 32 páginas por caderno e entre 14 e 15 mil impressões por hora. Recebeu o nome "Leopoldo de Bulhões" em referência ao Ministro da Fazenda da época, a qual a Imprensa Nacional foi vinculada até 1930.
ENDEREÇO: SIG (Setor de Indústrias Gráficas), quadra 06. O acesso é pela pista que liga o Eixo Monumental ao Setor Sudoeste.
TELEFONE: 0800 725 6787
HORÁRIO DE VISITAÇÃO: segunda a sexta, de 8 às 17 horas.
ESTACIONAMENTO: gratuito
ENTRADA: gratuita